7.3.11

Uma palavra sobre a ZIP

Quem é visitante assíduo desta posse sabe que, em 2006, deixei claro que não voltaria a realizar nova edição da ZIP/Zona de Invenção Poesia & se não passássemos a dispor de recursos financeiros que nos permitissem desenvolver a proposta sem os sobressaltos típicos das ações culturais independentes. Sequer considerei, desde então, a hipótese de inscrever o projeto da ZIP nas leis de incentivo. Também decidi não gastar latim nos balcões dos órgãos públicos de cultura, com sua surdez funcional.

Minha certeza de que a ZIP passara a fazer parte do passado recente da poesia em (e não de) Belo Horizonte só durou até cerca de 2 meses atrás, quando recebi um convite da poeta e ensaísta Sônia Queiroz, atualmente na direção do Centro Cultural da UFMG, para pensar nalguma proposta para a Grande Galeria da instituição. Dinheiro não haveria, mas poderíamos dispor de toda a infraestrutura técnica e de pessoal existente no Centro.

Beleza de proposta, salvo pelo fato de que era para acontecer já – entre 17/3 e 17/4. Marquei uma reunião com Chico de Paula (um poeta/artista que consegue ser ainda mais atirado do que eu nessa história de querer fazer as coisas, ao invés de ficar só na fila guichê de reclamações), de onde saímos com um projeto tão parecido com a ZIP que logo passamos a chamá-lo de ZIP.

E aí começou o melhor da história: feitos e aceitos os primeiros convites, a notícia começou a correr entre os interessados nas transas de “poesia &”, fazendo com que Chico e eu passássemos a lidar com o tão inesperado quanto delicioso problema de tentar encontrar lugar para todo mundo na programação. Mas isso é assunto de que tratarei aqui só depois do carnaval. Por ora, só quero repetir o grito com que Ricardo Chacal, em 2005, saudou a primeira edição da Zona de Invenç˜ao Poesia &: “ZIP! ZIP! HURRA!”.

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